Encontram-se definidas diversas categorias (ou famílias)
de aditivos alimentares, organizadas segundo a função biológica que
desempenham. São algumas delas:
Conservantes – substâncias que prolongam a durabilidade dos
alimentos, protegendo-os contra a deterioração provocada por microorganismos.
Podem ser eficazes contra bactérias, bolores e leveduras que tornariam os
produtos alimentares impróprios para consumo.
Os conservantes podem ser utilizados em isolado ou então
diversos simultaneamente. De entre os conservantes mais utilizados destaca-se o
cloreto de sódio (mais comummente designado por sal de cozinha). Outros
conservantes são o ácido acético (E260), o ácido benzóico (E210), o ácido
propanóico (E280) e o ácido sórbico (E200), que são utilizados em alimentos de
baixo pH; o dióxido de enxofre (E220) e diversos sulfitos, que são utilizados
em frutos secos, sumos e vinhos, e a nisina (E234) e a natamicina (E235), ambas
usadas para inibir o crescimento de bactérias e de fungos em diversos alimentos.
Antioxidantes – substâncias que prolongam a durabilidade dos alimentos,
protegendo-os contra a oxidação. As alterações de cor e a rancidez são exemplos
da oxidação das gorduras, que pode ser retardada com a utilização de alguns
destes aditivos.
Alguns antioxidantes existem naturalmente nos alimentos.
Destes destacam-se o ácido ascórbico (vitamina C), que existe no sumo de limão,
de laranja e de outros frutos, os tocoferóis (vitamina E), que existem nos
óleos vegetais, o ácido lático dos iogurtes e o ácido cítrico dos citrinos. O
Butil-hidroxianisolo E320, Butil-hidroxitolueno E321 e galatos E310 a E312 são
exemplos de antioxidantes “verdadeiros”, ou seja, substâncias que por si só
atuam como antioxidantes.
São considerados antioxidantes sinérgicos as substâncias que não sendo verdadeiros antioxidantes, na presença destes reforçam a sua ação (como é o exemplo do ácido cítrico).
São considerados antioxidantes sinérgicos as substâncias que não sendo verdadeiros antioxidantes, na presença destes reforçam a sua ação (como é o exemplo do ácido cítrico).
Acidificantes – substâncias que aumentam a acidez dos produtos
alimentares ou lhes conferem um sabor acre. São bastante utilizados em bebidas
para lhes dar um sabor ácido ou agridoce semelhante ao sabor das frutas.
Reguladores de acidez – substâncias que alteram ou controlam o pH dos géneros
alimentícios.
Antiaglomerantes – substâncias que reduzem a tendência das partículas dos
produtos alimentares de se aglomerarem, isto é, aderirem umas às outras. Mesmo
que os produtos que os contenham sejam comprimidos para, por exemplo, serem
armazenados, estes não se “juntam”. Alguns exemplos são o Carbonato de cálcio
(E170), utilizado em produtos de confeitaria (drageias e pastilhas elásticas),
o óxido de magnésio (E530), usado na generalidade dos géneros alimentícios,
nomeadamente produtos que contenham cacau e chocolate, e os ferroceanetos.
Emulsionantes – substâncias que permitem a formação ou a manutenção de
misturas homogéneas de duas ou mais fases imiscíveis, como o óleo ou o azeite e
a água, nos produtos alimentares. A estrutura química de um agente
emulsionante, em geral, inclui uma porção hidrofóbica (não entra em contacto
com a água e dissolve-se na gordura) e uma hidrofílica (parte que se dissolve
na água). Estas partes permitem a formação de uma dispersão micro-gotas, muitas
vezes utilizada em emulsões (como a maionese, a manteiga e a margarina).
Espessantes – substâncias que aumentam a viscosidade dos géneros
alimentícios, ou seja, faz com que os mesmos condensem e engrossem.
Estabilizadores – substâncias que permitem a manutenção do estado
físico-químico dos produtos alimentares e dos quais fazem parte as substâncias
que permitem uma dispersão homogénea de duas ou mais substância imiscíveis.
Estas substâncias, que também possuem a capacidade de reter ou intensificar a
cor natural dos alimentos, são muito utilizadas no fabrico de gelados, iogurtes
e chocolates.
Intensificadores de
sabor – substâncias que potenciam
ou intensificam o sabor ou o cheiro do alimentos, mas que por si só não possuem
aromas destacados. Alguns exemplos destas substâncias são o ácido glutâmico
(E620) e os glutamatos.
Humidificantes – substâncias que impedem a secagem dos géneros alimentícios. São frequentemente utilizados em doces com recheio, chocolates, bolachas e bolos.
Corantes – substâncias que conferem ou intensificam a cor natural dos alimentos. Existem corantes naturais, que são derivados de plantas (frutas ou vegetais), animais (nomeadamente insetos) e minérios (p. ex. Óxido de titânio, presente nas pastilhas elásticas) e corantes sintéticos. Alguns exemplos de corantes naturais extraídos de plantas são o corante vermelho, extraído da beterraba, ou o corante verde, obtido a partir da clorofila existente nos cloroplastos das células vegetais. Os corantes sintéticos apresentam algumas vantagens em relação aos naturais, como a sua solubilidade em água e as suas formas diversas de venda (em pó, granulado ou em solução). No entanto, verificou-se que estes podem apresentar problemas para a sáude do consumidor, uma vez que são obtidos por síntese química.
Edulcorantes – substâncias de sabor doce que são utilizadas em substituição dos açúcares. O seu valor energético é praticamente inexistente e por isso não apresentam qualquer valor nutricional. São utilizados na produção de alimentos de baixo valor energético (produtos “light”), alimentos que não provocam cáries, alimentos sem açúcares acrescentados e produtos dietéticos. São exemplos destas substâncias a sacarina (E954), o sorbitol (E420) e a taumatina (E957).
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