Depois
de sofrer as reações químicas já referidas e de libertada para a corrente sanguínea, a glicose irá
funcionar como um combustível, sendo oxidada nas células. Então ocorre o
seguinte:
1- A
glicose entra no citoplasma e sofre sua primeira divisão. Uma molécula de
glicose dá origem a duas de ácido pirúvico.
2- Os
ácidos pirúvicos seguem para a mitocôndria (responsável pela respiração
celular). Para obter mais energia, começa o ciclo de Krebs, uma sequência de
reações de oxidação-redução. Nessa fase, o ácido perde hidrogénios, que vão
para outras moléculas, e carbonos. Estes ligam-se ao oxigénio disponível na
célula, gerando CO2,que sai na respiração. No fim do ciclo, todos os
carbonos da glicose convertem-se em CO2.
3- Os
hidrogénios que saíram da molécula de ácido pirúvico tendem a se ligar ao oxigénio
da respiração. Ao se unirem na crista da mitocôndria, hidrogénio e oxigénio
formam H2O. Parte dessa água é eliminada, e outra parte fica dentro
da célula atuando nas reações químicas.
4- Mas
sobram alguns iões H+, que são atraídos para o lado interno da
membrana, que está carregado de iões negativos. Para isso, eles passam por um
caminho específico, a ATP-ase, que liga um fosfato, que já está na célula, a um
ADP, que também está por ali, formando o ATP, que fica livre para participar
noutras reações nas células.
5- Uma
das reações que usa energia é a contração muscular. Duas das proteínas do
músculo que fazem as contrações são a actina e a miosina. A miosina liga-se ao
ATP vindo da mitocôndria, e curva-se sobre a actina. O ATP então quebra-se,
liberando um fosfato e um ADP, que ficam livres para ser recarregados
novamente. Assim, a actina e a miosina deslizam uma sobre a outra, realizando o
movimento. Para que as duas se soltem e o músculo relaxe, é preciso que outro
ATP se ligue à miosina, desligando as duas proteínas.
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